O Cisnorpi (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro) mantém a intenção de adquirir vacinas contra a Covid-19 aos municípios consorciados, mesmo após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) barrar a chegada e o uso do imunizante russo Sputnik V ao Brasil, que tinha uma negociação avançada com as prefeituras da região através da intermediação do consórcio.
Agora a direção do Cisnorpi irá abrir diálogo com outros laboratórios para tentar garantir que o processo de imunização contra a Covid-19 na região seja acelerado – 47.486 vacinas da primeira dose foram aplicadas nos 22 municípios que fazem parte do consórcio, além de 25.375 segundas doses (números atualizados do vacinômetro nesta quarta-feira).
A intenção inicial do Cisnorpi era de adquirir 132 mil doses da Sputnik V, com recursos das 20 prefeituras que aderiram à iniciativa, conforme a quantidade de doses de cada município. Como cada pessoa vacinada toma duas doses, a aquisição representaria a imunização imediata de 66 mil pessoas na região, número maior, portanto, do que a quantidade vacinada até o momento.
“Temos um plano B e vamos buscar a viabilização dessa alternativa. Já estamos em contato com laboratórios e mantemos a intenção de adquirir essas vacinas via Cisnorpi, porque acreditamos que é uma medida importantíssima para nossa região”, avalia o presidente do Cisnorpi e prefeito de Jacarezinho, Marcelo Palhares (PSD).
A princípio não há a confirmação de qual ou quais seriam os laboratórios com que o Cisnorpi está abrindo diálogo para aquisição de vacinas.
VETO
A Anvisa vetou a Sputnik em território brasileiro na segunda-feira (26) e frustrou dezenas de estados, municípios e demais iniciativas, incluindo consórcios, que negociavam a compra do imunizante diretamente com o laboratório.
Nas primeiras estimativas, calcula-se que pelo menos 66 milhões de doses da Sputnik V chegariam ao Brasil de forma imediata, porém o número pode ser ainda maior. Na justificativa para barrar a chegada da Sputnik, a Anvisa alegou dúvidas no controle de qualidade da produção da vacina e falta de documentos. Entretanto, outros 17 países já liberaram a utilização do imunizante.
Fonte:Tribuna do Vale